Dialogar para unir a categoria metroviária!
O SINDIMETRO irá percorrer as áreas para estabelecer com os companheiros e as companheiras um diálogo sobre o que está acontecendo no nosso país.
Em todos os grandes meios de comunicação – jornais, rádio, TV – ouvimos dizer que caminhamos para um futuro melhor. Noticiários, propagandas tentam nos convencer que as reformas vieram para oferecer mais empregos e melhores oportunidades! O governo Temer está gastando mais de 100 milhões para mentir sobre o déficit da Previdência.
Mas, que futuro melhor é esse, que acaba com os direitos dos trabalhadores?
O SINDIMETRO já teve a oportunidade de apresentar para a categoria o quanto é nefasta a reforma Trabalhista. Tudo o que conquistamos durante anos está acabando num estalar de dedos! Não acredita? Então, só uma amostra:
- Está permitido a qualquer empresa implantar o “banco de horas”. Antes precisava do aceite do Sindicato, mas agora o “banco de horas” é lei! Quer saber qual é a consequência?
- A terceirização agora é irrestrita; nem as atividades fins escapam!
Durante muitos anos o SINDIMETRO combateu a terceirização. Vencemos essa luta, o que nos permitiu ter hoje mais de 700 novos trabalhadores contratados, com todos os direitos garantidos em nosso Acordo Coletivo de Trabalho. Isso por enquanto está garantido, mas os próximos contratos podem se dar com regras muito ruins para os trabalhadores.
E como se não bastasse...
Agora, o governo Temer quer colocar para votar no Congresso Nacional a reforma da Previdência. A propaganda fala que o objetivo é acabar com os privilégios! Mas de quem? Dos parlamentares, juízes, militares? Não! Esses são intocáveis!
Aí a gente descobre que os “privilegiados” para eles são:
- os funcionários públicos, aqueles que o governo Temer propõe que contribua para o INSS durante 25 anos;
- os trabalhadores das estatais, das empresas públicas que o governo Temer quer privatizar...
- os trabalhadores rurais, que o governo considera que é um privilegiado e, por isso, propõe que eles trabalhem até os 65 anos, igual ao trabalhador urbano.
E não adianta você ter trabalhado desde os seus 20 anos de idade e ter contribuído com o INSS por 35 anos. Se o homem não tiver 65 anos ou a mulher 62, então a sua única opção é continuar trabalhando... O governo Temer e os grandes empresários querem acabar com a aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição. Para eles isso é privilégio.
Quer saber o que é privilégio?
- Privilégio é empresas - nacionais e multinacionais – e bancos serem perdoados de dívidas milionárias que tinham com os cofres públicos;
- Privilégio é ver a Shell, a Texaco e outras petroleiras multinacionais virem para o Brasil explorar o nosso petróleo e não ter que pagar impostos;
- Privilégio é ver nossas empresas nacionais – como o BB, CEF, Correios, Petrobras, entre outras – estarem na mira da privatização para satisfazer os interesses de empresas estrangeiras, interessadas no nosso mercado, nas nossas riquezas!
Então, não podemos olhar para tudo isso, para tantas injustiças e privilegiados e não fazer nada!
Só nós, trabalhadores, é que podemos mudar essa situação!
É por isso que o SINDIMETRO sempre levanta a discussão da necessidade da GREVE GERAL. Não temos outra saída. Só vão nos ouvir, no dia que os trabalhadores pararem o Brasil! Mas essa greve geral tem que ser discutida e preparada na base das principais categorias, principalmente aquelas que atingem o sistema produtivo.
O governo Temer desde o primeiro semestre de 2017 fala em fazer a “reforma” da Previdência. Encontrou muita resistência da parte dos trabalhadores, quando fizemos a maior GREVE da nossa história, em 28 de abril.
Mas não nos mobilizamos o suficiente e eles aprovaram a reforma trabalhista, um retrocesso! Agora, voltam de novo com a “reforma” da Previdência. E aí, vamos deixar essa passar também? Todos nós, indiscriminadamente, que não fazemos parte deste grupo de privilegiados temos a obrigação de reagir para salvaguardar nossos direitos, da nossa família, dos nossos filhos. Temos que perguntar: o que eu estou fazendo para mudar essa realidade? O que eu estou fazendo pelo coletivo? Não podemos visar os que não fazem, mas os que fazem.
Precisamos avaliar junto à nosso categoria a disposição de travar uma luta em conjunto com outras categorias, portanto, o SINDIMETRO-MG, abre o diálogo no local de trabalho.
É preciso reagir antes que o nosso país, nossas riquezas, nossos empregos, sejam entregues de bandeja ao grande capital internacional.
Por uma verdadeira greve geral organizada pela base! Precisamos derrubar todos os retrocessos impostos por este governo ilegítimo!