Metroviários de Minas Gerais preparam a luta contra a privatização
No dia 25 de novembro deste ano, às 18h, na Praça da Estação, o SINDIMETRO-MG vai realizar uma assembleia da categoria para discutir e encaminhar os próximos passos da luta contra a cisão do metrô de Belo Horizonte.
A proposta de privatização do metrô envolve um aporte bilionário de R$ 2,8 bilhões, sem o compromisso de se investir na construção da linha Calafate-Barreiro, ou da modernização do sistema atual. Para viabilizar tal processo, o Ministério da Economia pretende transformar as superintendências da CBTU em subsidiárias, iniciando-se pela cisão do metrô de Belo Horizonte e criando uma empresa para organizar o processo de privatização, a Veículo de Desestatização MG (VDMG). Esta é quem receberá do Bando Nacional de Desenvolvimento (BNDES) cerca de R$ 3,7 bilhões como donativos para um futuro repasse ao governo do estado, que imediatamente fará a concessão para a iniciativa privada.
Membros do governo já disseram que precisam se livrar deste abacaxi (o metrô de BH) que não dá lucro, e num primeiro movimento para torná-lo para a inciativa privada aumentou as tarifas de R$ 1,80 para R$ 4,50, que tendem a continuar subindo. Mas o metrô não foi criado para dar lucros. Ele foi criado para viabilizar o direito constitucional à mobilidade urbana.
O SINDIMETRO-MG vem pressionando de diversas formas para que o metrô não seja privatizado, exercendo muita pressão e cobrança sobre os parlamentares em Brasília, usando de diversos mecanismos jurídicos, buscando visibilidade para a discussão do assunto nos meios de comunicação, etc. Apesar de todos os esforços, no último dia 19/11, vimos a derrubada de uma liminar que suspendia a assembleia de acionistas da empresa que pretendia dar aval para a cisão da STU-BH e a criação da VDMG. Em resposta a mais este ataque, e buscando defender os direitos dos empregados, o Sindimetro MG pretende mobilizar toda a categoria, e para isso está convocando uma assembleia no dia 25/11 às 18 horas na Praça da Estação.
Sabemos que é um momento de grande tensão para todos os trabalhadores, principalmente porque o mais provável que ocorra neste processo é a demissão de todos os concursados, mas não podemos deixar que isso ocorra de cabeça baixa. Iremos à luta para defender tanto a voz e os direitos dos trabalhadores, como o cumprimento do objetivo da CBTU, que é o fornecimento do transporte social à toda população. Essa é a única forma de garantir o nosso trabalho e um transporte público de qualidade para toda BH.