Passagem de ônibus cai para R$4,50 e do metrô sobe para R$5,30
Panfletagem dia 6/5/19 contra o aumento no preço das passagens do metrô de BH. Imagem: @reginaldocardosophotos
Pela primeira vez na história a passagem do metrô será mais cara que a de ônibus. Não foi por acaso, a viagem no metrô que custou R$1,80 por mais de 10 anos, começou a ficar mais cara, isso ocorreu desde que o governo federal, na gestão Bolsonaro, mostrou a decisão de privatizar a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Agora está colocada uma questão curiosa: quem andará de metrô se o ônibus está mais barato?
Desde 2018, o Sindimetro-MG intensificou a sua atuação contra o aumento da tarifa no metrô, quando um cidadão impetrou uma Ação Popular contra o aumento de 88% e conseguiu uma liminar que o impedia. Essa liminar foi estendida para os metrôs de outros estados operados pela CBTU. Quando a liminar caiu, pelas mãos de um juiz do Distrito Federal, o Sindicato atuou no sentido de impedir o aumento abusivo, convocou plenárias e atos, mas o Instituto de Defesa Coletiva, que atuava em nome dos usuários, fez um acordo de aumento escalonado, de maio de 2019 até março de 2020, em que o valor da tarifa chegaria a R$4,25 (136,1%).
Boletim do sindicato, abril de 2019
A categoria metroferroviária lutou todos os dias
Em maio do mesmo ano, 2020, o Sindimetro-MG, juntamente com outras entidades e movimentos sociais entregou panfleto aos usuários do Metrô, contra o aumento abusivo nos preços das passagens. Em maio do mesmo ano, 2020, o Sindimetro-MG, juntamente com outras entidades e movimentos sociais entregou panfleto aos usuários do Metrô, contra o aumento abusivo nos preços das passagens.
A categoria metroferroviária continuou batendo na tecla de que o Metrô deveria cumprir sua função social garantida no Artigo 6º da Constituição! Por isso a luta contra a privatização também era a luta em defesa da mobilidade urbana, do direito de ir e vir. Em março de 2021, a passagem do metrô passou para R$4,50, alcançando uma taxa de 150% no período de 2 anos. Mais uma vez o sindicato convocou os usuários e movimentos sociais para somar aos nossos esforços. Portanto, a luta da categoria metroferroviária, não passa e nem passou por defesa de interesses próprios, corporativistas, mas pela defesa do metrô público e com tarifas sociais. O sindicato participou de audiências públicas em Brasília e Belo Horizonte para mostrar como eram absurdos os aumentos nas tarifas do metrô. Vários parlamentares se solidarizaram com esta luta em Minas Gerais e no Brasil. Mas a força da reação conservadora ligada ao Governo Federal e Estadual naquele momento, com uma imensa máquina de propaganda colocava parte da população a favor da privatização.
No dia 30/6, antes que o valor da passagem subisse para R$5,30, o sindicato foi para a entrada do metrô, na Praça da Estação, e distribuiu um boletim com um bilhete gratuito denunciando o aumento e usou o carro de som para dar o grito em defesa do usuário do metrô.