MANUTENÇÃO, UMA SITUAÇÃO TENSA
Desde que foram trocadas as chefias da manutenção em 2018, a relação entre os empregados e parte dos novos gestores ficou extremamente tensa. Na ocasião foram feitas diversas reuniões entre gerentes, empregados e sindicato, na busca por melhorar as condições de trabalho e a relação entre os trabalhadores e as chefias da manutenção. Algumas dessas reuniões contaram inclusive com a participação do próprio superintendente. Mas infelizmente nada melhorou. Pelo contrário, já estamos nos aproximando do final de 2020 e o que vemos é uma situação ainda pior no setor.
Temos recebido diversas reclamações, tanto do Pátio São Gabriel (PSG) como do Pátio Eldorado (PATEL), manifestações de que as chefias colocam muita pressão sobre os trabalhadores, não sabendo lidar com questionamentos de empregados, sendo qualquer reclamação, motivo para ameaçar com abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e ou Termo de Ajuste de Conduta (TAC).
Além disso, utilizam-se das mudanças de área, locais de trabalho e de turnos como instrumento de punição aos empregados mais ´´questionadores´´ na opinião dessas chefias. Como aconteceu com parte da equipe da via permanente que foi transferida do PATEL noite para o PSG dia, alegando necessidade urgente da empresa. Por último até mesmo um diretor do sindicato foi transferido do pátio São Gabriel para o prédio sede, isso após constantes cobranças desse diretor em relação a postura de parte das gerências/coordenadorias da manutenção. Tal situação tem deixado o ambiente de trabalho muito tenso e estressante, além de inseguro, já que nem mesmo questões de segurança podem ser questionadas pelos empregados sem que isso cause constantes atritos com essas chefias.
Um aspecto importante para se ressaltar é a falta de materiais e ferramentas. Este é um dos causadores da insatisfação e, somando a isso, as mesmas justificativas de sempre da chefia de que essas questões são difíceis de se resolver em uma empresa estatal. Na verdade, os trabalhadores não vêm nenhum esforço da gerência em resolver estas questões, ao contrário, tentam colocar sempre a culpa nos trabalhadores, afirmando que os mesmos não estão cumprindo com todas as suas obrigações, mesmo a empresa não dando as condições de trabalho necessárias.
Todo esse comportamento lamentável por parte de alguns gestores da manutenção só tem contribuído para aumentar o conflito e a desconfiança dos empregados. O SINDIMETRO-MG vem tentando perante a superintendência dialogar na busca por um tratamento mais digno, respeitoso e profissional na relação empregado e chefia. Mas infelizmente a intransigência por parte de algumas chefias tem dificultado qualquer avanço. Por isso o sindicato chama todos os trabalhadores(as) a estarem unidos nos enfrentamentos dessa situação, pois onde o diálogo não resolver, ações mais efetivas serão necessárias.
