Todo apoio à luta dos trabalhadores da CPTM
Os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos decretarem greve nesta terça (24), paralisando as linhas 11 - Coral, 12 - Safira e 13 - Jade, que atendem a 560 mil passageiros por dia útil. A categoria pleiteia reajustes salariais referentes aos dois últimos anos. A companhia propôs o pagamento em dez parcelas, o que não foi aceito pelos trabalhadores. Esta greve, por tempo indeterminado, só foi decretada depois de várias tentativas de negociação, em que a empresa mostrou toda sua intransigência.
Os trabalhadores pedem os reajustes salariais referentes aos anos de 2019 para 2020, e de 2020 para 2021. Eles não tiveram qualquer reajuste desde o início da pandemia de Covid.
Tanto a direção da empresa como o governo de São Paulo, como é de hábito, colocaram a população contra os trabalhadores, usando a inversão de narrativas e escondendo inclusive o número de mortos na categoria devido ao Coronavirus, que de acordo com o Sindicato é de aproximadamente 80 trabalhadores.
A Justiça acatou um pedido de liminar da empresa de funcionamento de 70% nos horários de pico e de 50% nos demais horários, o que tornaria a greve praticamente sem efeito.
A empresa já iniciou uma repressão mais dura sobre os trabalhadores, demitindo 10 dos que participavam da greve. Essa é a medida mais autoritária que pode ser feita pelos patrões e pelo governo. Os trabalhadores estão com enorme defasagem salarial, arriscam a vida em plena pandemia, e ainda são demitidos porque lutam por justiça.
Assim, nós do SINDIMETRO-MG estamos solidários aos trabalhadores da CPTM. Denunciamos estas medidas intransigentes por parte da empresa, visando intimidar os funcionários a não lutarem para que suas reivindicações sejam atendidas. Isso é uma afronta a toda classe trabalhadora; e um aviso para nos mantermos unidos e prontos para revidarmos à altura, caso ocorra novamente.