Paralisação Nacional dia 22 de setembro
O aprofundamento da crise capitalista no Brasil foi, aparentemente, contido com o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Mas essa contenção somente poder ser muito temporária.
A paralisia econômica em escala mundial tem levado ao “excesso de liquidez”, a um gigantesco volume de capitais fictícios que não encontram lugar na economia produtiva.
Os investimentos capitalistas “clássicos” para obter lucros, como construir uma fábrica, desapareceram do mapa. O aprofundamento da crise levou ao domínio absoluto e crescente da mais podre especulação financeira. O clima de “oba-oba” pós-impeachment, tem data de fim: dezembro de 2016.
De acordo com os dados oficiais, a economia encolheu 3,8% em 2015 e 4,9% no acumulado dos últimos 12 meses. Desde 2014, a queda do PIB per capita foi de aproximadamente 10%.
A produção industrial sofreu uma contração de quase 20% nos últimos três anos.
A taxa de desemprego oficial fechou, em julho, em 11,6%, ou quase 12 milhões de pessoas. Esse número já seria muito alto. Mas, considerando as manipulações estatísticas mais grotescas, esse percentual pelo menos dobra.
A receita para salvar o Brasil da crise é mais das mesmas políticas “neoliberais” contra os trabalhadores. É evidente que essas políticas falidas não têm a mínima condição de conter a aceleração da crise econômica. O objetivo é salvar os lucros do grande capital.
Neste momento, tramitam mais de 50 projetos contra os trabalhadores no Congresso. E ainda não foram estruturadas, em projetos de lei ou emendas constitucionais, as privatizações de 250 estatais, as reformas trabalhista e da Previdência Social, nem o desmantelamento total dos serviços públicos. Algumas dessas reformas enfrenta, no Congresso, a resistência do “baixo clero”, que compõe a base do governo Temer, porque este é o ano das eleições municipais.
O aprofundamento da crise econômica leva à crise política generalizada do regime. Todos os partidos e agrupamentos políticos integrados ao regime se encontram em colapso, desde a extrema direita à esquerda. A pressão dos grandes capitalista para a retirada de direitos dos trabalhadores e pela entrega das estatais vai continuar. O governo Temer só não prossegue numa retirada de direitos mais aceleradamente porque sabe que pode enfrentar grandes mobilizações nas ruas. Assim vai comendo pelas beiradas e tratando com truculência as manifestações de rua.
Neste segundo semestre, importantes categorias nacionais farão suas campanhas salariais, como bancários, trabalhadores dos correios, metalúrgicos, petroleiros, servidores públicos federais e municipais, dentre outros, já estão encontrando duras respostas às suas reivindicações. Portanto, a unificação de suas lutas é importante para o fortalecimento de todas as campanhas. Está colocada a necessidade de uma greve geral para barrar a retirada de direitos, contra a reforma da Previdência e todos os projetos que agridem as conquistas sociais e trabalhistas.
Não ao ajuste e aos ataques contra os trabalhadores!
Nenhum direito a menos!Greve Geral!
Contra as privatizações!
Que a crise seja paga pelos capitalistas!