O Plano de Demissão Voluntária (PDV) no metrô de BH
A empresa havia apresentado um plano geral de demissão voluntária, o PDV, em que ela ficava livre de qualquer questionamento posterior por parte dos trabalhadores. A diretoria do sindicato não concordou com diversos itens que deixavam a categoria muito prejudicada. Foi então que apresentaram unilateralmente um plano diretamente para a categoria com modificações, onde o efeito de quitação geral ficou de fora. Portanto, quem sai tem o prazo de até 2 anos para reclamar na Justiça qualquer acerto referente ao contrato de trabalho.
Muitos trabalhadores e trabalhadoras ingressaram neste PDV por não verem mais perspectivas de negociação nesta empresa privatizada pelo governo federal. Cerca de 600 saíram, contando com as demissões. As condutas da empresa, como pressão interna, assédio moral, alterações de jornada e escala de trabalho, demissões por justa causa e sobrecarga de trabalho contribuíram decisivamente para a decisão dos trabalhadores.
Os efeitos perversos da privatização
Os trabalhadores saíram, pelo PDV, sem nenhuma programação pela empresa, por isso os locais de trabalho estão esvaziados com uma enorme sobrecarga sobre aqueles que ficaram. Uma situação absurda em todos os setores, mas imaginem na manutenção?
O sindicato fez uma denúncia à Delegacia Regional do Trabalho e Emprego (DRTE), alertando sobre os riscos de acidentes, sobre as condições e relações de trabalho que se estabeleceram após a privatização e sobretudo depois do PDV. Uma situação que está deixando os trabalhadores sob uma enorme pressão e sobrecarga de trabalho que pode levar a situações mais graves de acidentes com os trabalhadores e os passageiros.
O Plano de Demissão Voluntária (PDV)