Metroferroviários organizam agenda de lutas contra as privatizações
(matéria publicada no site da Fenametro)
http://www.fenametro.org.br/noticias/metroferroviarios-organizam-agenda-de-lutas-contra-as-privatizacoes.html?fbclid=IwAR39AWsJNfkDVjS53jBBcBkJckDqIBuX_xS6mrF9Jus7p6jNwzaYaxbFtm0#.XeaYZAiPIXo.facebook
Os ataques aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores são muitos, e a categoria metroferroviária está enfrentando mais um deles, a tentativa de privatização de metrôs e ferrovias por parte do governo Bolsonaro (PSL).
Neste sábado, 2, reunidos no Sindicato dos Metroviários de São Paulo, metroferroviários de Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo aprovaram uma agenda de lutas para enfrentar as privatizações. A categoria contou com o apoio da Confederação Nacional dos Transportes, de metalúrgicos, marceneiros, trabalhadores do setor de saneamento e dos Correios, presentes na plenária.
A atividade se iniciou com uma homenagem a Dina Gomes, metroviária de São Paulo que faleceu recentemente, e Paulo Paulino Guajajara, liderança indígena assassinado neste final de semana. Durante o período da manhã foi realizado um debate sobre a conjuntura nacional, com a presença de Atenágoras Lopes, da CSP-CONLUTAS, Helcio Marcelino, da CUT, Paulo Pasin, pela Frente Povo Sem Medo, Pedro Otoni, da Intersindical e Rene Vicente, da CBT.
Os dirigentes presentes destacaram a crescente precarização do trabalho, o aumento das terceirizações e o fenômeno da “uberização”, e o exemplo do processo de privatização do setor elétrico na década de 1990, onde se era prometido modernização e redução da tarifa, e foi entregue um grande aumento e piora do serviço. Houve também um repúdio às declarações de Eduardo Bolsonaro (PSL) em prol da ditadura e o pedido da urgência de justiça para Marielle e Anderson.
A necessidade de unidade dos trabalhadores de todo setor público foi colocada como central, já que as privatizações atingem as empresas públicas em geral.
Ainda que a discussão fosse relativa a conjuntura nacional, a luta do povo chileno foi enfatizada no debate, dadas as semelhanças com a realidade brasileira. O governo Bolsonaro tenta intensificar a aprovação de medidas baseadas no modelo chileno, fiel ao neoliberalismo, que trouxe aumento da pobreza e destruição dos serviços públicos no país.
No período da tarde ocorreu uma discussão sobre as ações necessária para enfrentar a retirada de direitos,o governo Bolsonaro e as privatizações. Confira os pontos aprovados:
1- 26/11: Dia Nacional de luta contra as privatizações dos metrôs
– Panfletagem unificada nas estações de metrôs, com material da Fenametro
– Café com usuários
– Ato nas estações
– 18h: Lançamento, em São Paulo, do Comitê Nacional de Defesa do sistema metroferroviário
2- Ditadura nunca mais! Repudio as declarações de Eduardo Bolsonaro e pela cassação de seu mandato. Não ao AI-5 e o ataque as liberdades democráticas
3- Justiça por Marielle! Pela investigação das relações da família Bolsonaro no crime
4- Unificação da luta em defesa das empresas estatais, do serviço público e da soberania nacional. Chamado as Centrais Sindicais para convocação de uma grande plenária de todas empresas estatais e servidores públicos
5- Campanha nacional em defesa dos metroviários do Rio Grande do Sul punidos na Greve Geral
6 – Nova reunião da Federação no dia 17/12