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Governo Dilma anuncia mais medidas de ajuste fiscal. O movimento sindical não aceita e continua a exigir mudanças.

unirtodasasgrevesNa segunda-feira (14/09) o governo anunciou "Medidas adicionais de redução do gasto da União" que montam a R$ 26 bilhões. O maior corte (7,1 bilhões) vem do adiamento de janeiro para agosto do reajuste que já estava negociado com os servidores. O segundo é o corte de 3,8 bi na Saúde. Haverá também duros cortes em investimentos que atingirão o programa Minha Casa Minha Vida, com impacto imediato e direto na cadeia produtiva (construção civil, máquinas e equipamentos). E é apenas o começo, pois vem na sequência, por exemplo, os cortes na previdência que foram deixados para um "conselho" que está se reunindo para discutir uma nova contrarreforma.

Em resumo, trata-se de uma política que aprofunda com radicalidade as medidas de ajuste fiscal, alinhando o governo Dilma às exigências do imperialismo estadunidense, levando o governo eleito a virar as costas aos trabalhadores e a nação para atender aos especuladores e banqueiros internacionais. É o caminho de uma situação “a la Grécia” explodindo no Brasil.

As medidas amargas e o ajuste fiscal

     • O pacote ataca não apenas os servidores mas, diretamente, a nação (cortes nos investimentos) e os serviços públicos: se aprovado (depende de PEC), o fim do abono permanência combinado com a suspensão dos concursos vai significar uma queda imediata no número de servidores que atendem ao público; a "economia", no caso, é na realidade uma despesa (ou agora ou no futuro) porque um posto efetivo ocupado por servidor que permanece trabalhando mesmo tendo tempo para se aposentar "custa", na prática, apenas os 11% do abono; com o fim do abono esse servidor tende a se aposentar e obrigaria o estado, para manter os serviços, a contratar outro com salário integral;

     • Propõe a volta da CPMF por 4 anos e outras medidas de aumento de impostos, tudo para chegar no 0,7% de superávit fiscal primário, dinheiro para pagar os juros da dívida pública aos banqueiros internacionais.

     • Nos últimos 12 meses (até julho 2015) o déficit público foi de R$ 503 bilhões. Sendo que, desse valor, R$ 452 bilhões foram juros que, portanto, representam 90% do déficit!

contrapoliticaeconônicaAo contrário do que dizem o governo, a imprensa, os banqueiros e os patrões, o Brasil não precisa de "ajuste fiscal". O que as finanças públicas precisam é de controle dos capitais, que hoje entram e saem do Brasil quando e como querem, lucrando fortunas com a especulação. Precisam da redução da taxa de juros que é a maior do mundo. O que o Brasil precisa é de soberania nacional, que só existe plenamente com um serviço público de qualidade, que atenda às exigências da população trabalhadora.

O governo Dilma ao apresentar esse pacote de medidas atende exclusivamente os interesses do capital financeiro, o que atualiza para o movimento sindical a perspectiva da greve geral.

As lutas do 2º semestre

O calendário de lutas dos trabalhadores deve integrar o protesto às últimas medidas tomadas pelo governo e é preciso que a CUT e os sindicatos mobilizem para mostrar que a classe trabalhadora responderá a altura dos ataques que já estão sofrendo com o ajuste fiscal. As mobilizações dos servidores que estão sendo duramente atingidos, os trabalhadores dos correios que já receberam um sonoro ZERO de reajuste salarial, além de petroleiros, metalúrgicos e bancários que estarão em campanha salarial no próximo período, darão o “tom” da resposta dos trabalhadores, preparando as condições para uma greve geral que obrigue o governo Dilma, o seu Ministro Levy e o Congresso Nacional a recuar de suas propostas reacionárias.

funiconariosdometroOutro momento da luta contra mais essas medidas de ajuste poderão ocorrer nas manifestações da Jornada da Frente Brasil Popular em 03 de outubro, que já está sendo chamado pela CUT de “atos contra o pacotão”, também na perspectiva da greve geral.

O SINDIMETRO desde já se integra às mobilizações dos trabalhadores e suas organizações. Se fará presente em 03 de outubro com suas bandeiras de luta em defesa do serviço público e das estatais, contra qualquer processo de concessão ou privatização do Metrô de BH. Nos somamos aos petroleiros e demais trabalhadores em defesa do patrimônio público nacional, do Brasil e dos trabalhadores brasileiros!

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