CAMPANHA SALARIAL E PRIVATIZAÇÃO DO METRÔ
O início da campanha salarial de 2021-22 dos metroviários da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) se aproxima, e os mesmos estão sem o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do ano anterior assinado. A direção da Empresa não respeita os trabalhadores, ao nem sequer apresentar uma proposta oficial de negociação, deixando os mesmos na mais completa incerteza, sem saber se poderão contar com as garantias concretas de um ACT válido. Além disso vem aí mais um aumento no preço das passagens.
Isso só tem um sentido, privatizar a Empresa e deixá-la o mais rentável possível para o capitalista que a comprar. Isso inclui o fim da estabilidade e demissão dos concursados, a Proposta de Emenda Constitucional 32 (PEC 32 - da reforma administrativa) vem neste sentido.
Não há argumentos que convençam a atual direção da Empresa, ao governo Bolsonaro e os generais. A única medida concreta que pode fazer mudar alguma coisa é a mobilização dos trabalhadores. Se não houver luta estaremos, em um futuro muito próximo, em condições muito piores até mesmo para lutar.
A empresa não respeita nem sequer a vida dos trabalhadores; sequer cumpre com os acordos firmados na Justiça, como foi o Acordo homologado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para redução das viagens durante os picos de pandemia e das ações restritivas do Município de Belo Horizonte. Pelo contrário, quando o Sindicato chama a que se cumpra o Acordo, a Empresa faz um comunicado ameaçando os trabalhadores com Processos Administrativos (PAD).
Não estamos diante de uma situação normal, aliás estão falando mesmo em “novo normal”, onde os trabalhadores podem se arriscar em transportes lotados, locais de trabalho insalubres mas não podem se manifestar nas ruas. Um verdadeiro estado de sítio está sendo montado no Brasil com restrições à circulação de pessoas e obrigando os trabalhares sob os piores riscos.
A direção do Metrô, aliada do governo Bolsonaro, caminha neste sentido. Acaba de lançar uma Resolução em 02 de março deste ano proibindo a gratuidade até mesmo para funcionários da Empresa em deslocamento que não seja no trabalho. (Leia aqui a Resolução). Se os trabalhadores aceitarem isso de forma passiva o portão, que já está entreaberto para todos os tipos de ataques, ficará escancarado e seremos humilhados ao extremo. Só faltarão castigos públicos com chibatadas. É isso o que queremos?
Vamos nos mobilizar imediatamente e exigir a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho, sem retirada de direitos e sem a privatização da Empresa. Não podemos ser coniventes com a entrega do Brasil para os grandes empresários e para o capital especulativo.
- Assinatura dos Acordos Coletivos já!
- Tarifas sociais para a população que usa o metrô!
- Reconquista de todos os direitos perdidos!
- Não à privatização do Metrô!
TODOS AOS ATOS DO DIA 24/03 POR EMPREGOS, AUXÍLIO EMERGENCIAL DE UM SALÁRIO MINIMO, EM DEFESA DAS ESTATAIS E DO SERVIÇO PÚBLICO DE QUALIDADE.