FENAMETRO: TRANSPORTE NÃO É MERCADORIA
A companheira Alda Santos representou a FENAMETRO na Audiência Pública, no dia 26 de junho, em Brasília, citou o exemplo do Rio de Janeiro onde a CBTU foi estadualizada tornando-se em Flumitrens e depois em SuperVia, uma concessão de 25 anos ao Consórcio Espanhol 2000, em 1998, podendo ser renovado por mais 25 anos. Hoje a SuperVia transporta 750 mil passageiros/dia, bem diferente de quando era CBTU que transportava cerca de 1,5 milhão de passageiros/dia. Isso é compreensível porque a Supervia manteve apenas as partes mais lucrativas deixando as periferias mais distantes sem atendimento. É isso que o atual governo quer impor com os aumentos nas tarifas.
É diante deste quadro que a FENAMETRO solicita à Câmara dos Deputados a revogação dos aumentos e manutenção da tarifa social. Deve ser considerado também que, pelos índices oficiais, temos mais de 13 milhões de desempregados no país, pessoas que não têm dinheiro para pagar sequer as passagens no valor de R$1,80, imaginem à R$4,25? A CBTU quer impor uma tarifa que exclui, e seria interessante que os representantes da empresa mostrassem o número de usuários perdidos. O trabalhador vive no sufoco e vai procurar o meio mais barato para se locomover.
A FENAMETRO solicita ainda à Câmara dos Deputados que impeça a privatização da CBTU e da TRENSURB porque são patrimônio do povo brasileiro, cumprem a função social de mobilidade garantido na Constituição Federal. As entidades dos trabalhadores vão às ruas junto com os movimentos sociais contra os aumentos e a privatização.
Por um metro 100% estatal e com tarifa social!