PRIVATIZAÇÃO VISUAL DA ESTAÇÃO CENTRAL
PRIVATIZAÇÃO VISUAL DA ESTAÇÃO CENTRAL
➡️ metrôBH fechou acordo publicitário com a rede Supermercados BH. A prática de marketing é conhecida como “naming rights” - consiste na concessão de direitos de nome da Estação Central do metrô para a rede privada de supermercados.
☝🏽O valor do contrato não foi informado e sequer foi explicitado se o dinheiro será repassado para melhoria na infraestrutura do sistema metroviário. O dinheiro do contrato, por exemplo, poderia ser utilizado para a diminuição do preço das passagens. Os usuários não terão, portanto, nenhuma contrapartida com esse acordo publicitário.
☝🏽A privatização sequestra também a estética da Estação Central - agora nomeada, e sem consenso da população, como Estação Central Supermercados BH. Os usuários são, agora, assediados por propagandas presentes nas paredes, catracas, escadas rolantes, elevadores e, de forma mais grave, na placa da estação. Fontes internas também relatam que os maquinistas são obrigados agora a dizer para os usuários: “Estação Central Supermercados BH”.
☝🏽Anteriormente, o metrô de Belo Horizonte recebia diversos eventos artísticos - havia o Espaço Cultural CBTU. Hoje, com a privatização, o espaço da Estação Central foi dominado por uma só voz: a da rede privada de um supermercado. A sensação que se tem é de claustrofobia.
➡️ Os jornais informam que a voz de aviso das estações será gravada pelo influencer Henrique Maderite. O influencer atende somente determinado público.
☝🏽A cidade é um espaço vivo e múltiplo. Circulava nas estacas, também, as artes, as intervenções gráficas, as exposições de fotografia, os festivais de música e os eventos culturais educativos. Hoje, a empresa privada tornou o espaço do metro estéril, cinza e sem vida.
❗️O espaço visual do metrô não deve pertencer à rede de supermercado. A metrôBH ataca, novamente, a vivacidade das estações.
Veja no carrossel os contrapontos das imagens.
Fotos: UFMG / Pablo Henrique Ramos
Fonte: site UFMG / O tempo / SouBH
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