SETEMBRO AMARELO: A ATENÇÃO AO OUTRO É AMOR.
O Setembro Amarelo surgiu com a ideia de quebrar tabus, reduzir estigmas, incentivar que as pessoas busquem e ofereçam ajuda quanto ao sofrimento psíquico. Desde 2015, quando ocorreu a primeira edição do setembro amarelo, ano a ano este movimento vem crescendo. Mais pessoas reconhecem que falar sobre suicídio é fundamental diante dos altos números de diagnósticos de pessoas com depressão no Brasil e no mundo, por exemplo.
Abordar o tema exige cuidados e delicadeza. O lema escolhido para este ano é “Atenção aproximada às pessoas”. O objetivo é conscientizar e promover a tônica de que uma escuta atenta e acolhedora com relação aos nossos pares com sofrimento mental pode criar uma rede de prevenção. Um olhar solidário e uma escuta afetiva podem fazer a diferença.
SAÚDE MENTAL NO TRABALHO
O atual sistema econômico, além de produzir desigualdades, também cria tipos de sofrimento mental. Duas ideias que circulam, além de outras ideologias nocivas, é a da competitividade e a da produtividade sem limites. Primeiro, a competitividade implica que vejamos o outro enquanto concorrente ou inimigo. Já o imperativo de produzir incessantemente leva o(a) trabalhador(a) à exaustão. A consequência é uma falta de solidariedade e trabalhadores(as) exaustos físico e psiquicamente.
É de suma importância implementar no ambiente de trabalhos programas e ações de bem-estar mental, a promoção de uma cultura de respeito e de escuta afetiva, apoio e empatia com os(as) trabalhadores(as), sobretudo com aqueles que fazem tratamento contra depressão, ansiedade e outros tipos de sofrimento mental.
SEJA COMPANHEIRO
A influência do estresse e a correria do dia a dia muitas vezes não nos deixam perceber quem está ao nosso redor, focando apenas em nós mesmos. No entanto, é importante lembrar que a escuta afetiva e empática é um gesto essencial de acolhimento e companheirismo para aqueles que convivem conosco. Lembrar-nos, por exemplo, que em alguns casos nosso colega de trabalho passa mais tempo no ambiente corporativo do que com a família. A atenção ao outro pode ser o primeiro passo para ajudar a salvar uma vida.