ZEMA CELEBRA CINICAMENTE O INÍCIO DAS OBRAS DO METRÔ E FAMÍLIAS ATINGIDAS SOFREM SEM UMA POSIÇÃO CONCRETA
90% do dinheiro é proveniente dos cofres públicos. Em audiência pública, concessionária apresenta plano de desapropriação nefasto.
No último dia 16 de setembro, o governo de Minas celebrou cinicamente o início das obras de expansão do metrô - a Linha 2 que ligará o bairro Nova Suiça até Barreiro. No entanto, a celebração escondeu da população dois escândalos envolvendo a obra. O primeiro diz respeito ao investimento bilionários vindo dos cofres públicos, a saber R$ 2,8 bi de recursos do governo federal e R$ 400 mil do Executivo estadual para a expansão, embora administrada por uma empresa privada. O segundo motivo, e de forma grave do ponto de vista dos direitos humanos, é o plano de desapropriação de mais de 300 famílias atingidas pelas obras do metrô de BHRM.
🛑 As obras começaram atrasadas. O início foi previsto para maio deste ano, e a data de conclusão, que era outubro de 2027, passou para 2029. Cerca de 90% do dinheiro investido é proveniente dos cofres públicos Não bastasse a compra por preço ínfimo (R$ 25,7 milhões), o governo de Minas aceitou a mudança no projeto para uma via singela, que precariza o serviço prestado. A nova linha será operada em uma única via, o que ocasiona uma viagem de trem lenta e com lotação nos vagões - sem contar a economia milionária que certamente não irá beneficiar a população.
🛑 Por sua vez, as famílias atingidas foram tópico da audiência pública na ALMG (ontem, 17 de setembro) solicitada pela deputada Bella Gonçalves (Psol). A metrôBH, após estar ausente nas demais reuniões em que foi requerida pelo poder público, apresentou na audiência um plano nefasto, para não dizer criminoso, de desapropriação das mais de 300 famílias da região Oeste da capital. As famílias atingidas pelas obras já sofrem desde o momento da selagem das casas. Relatam profunda angústia quanto ao destino de suas moradias. É importante frisar que a oposição é ao modo como está sendo feita a desapropriação das família e exigimos um reassentamento digno!
O Sindimetro-MG esteve presente na audiência pública e acompanhou desde o início das movimentações por direito a luta das famílias atingidas. Nos solidarizamos com a dor e pedimos um reassentamento digno, chave por chave, com negociação coletiva e, no mínimo, um cronograma da desapropriação.
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